Willys Jeep (1941-1945)

O Willys Jeep mudou o mundo. Ajudou a alterar o curso da guerra e salvou a Willys. Para além disso, "arrasou" um dos mais pequenos construtores automóveis da época, a Bantam Company. Antes do Jeep, as pesadas metralhadoras, a artilharia leve e os mantimentos eram transportados por burros ou às costas dos soldados.


Este método arcaico poucas hipóteses teria contra as bem equipada forças alemãs que varriam toda a Europa e Norte de Africa. Quando o exército americano começou a procurar um veículo leve, rápido e com tracção as 4 rodas, cedo se tornou evidente que... esse veículo não existia. Depois de especificar detalhadamente os pormenores do veículo idealizado, os militares receberam propostas da pequena (e em lenta agonia) Bantam bem como da willys-overland.
A proposta da Willys era mais aliciante, mas não avançava pormenor, a proposta da Bantam estava completa e havia sido bem concebida pelo engenheiro Karl Probst. Num espaço de 49 dias segundo as indicações do concurso Bantam apresentou um protótipo que custava 1800 Libras.
Apesar da proposta da Bantam ter sido elogiada pelos oficiais e soldados, a fragilidade económica da empresa da Pennsylvania jogou contra si. E ainda que a Bantam tenha construído 70 veículos, a que se seguiram mais 1500 unidades feitos pela própria Bantam, pela Ford e pela Willys, o contrato acabou por ser ganho pela willys que, sem duvida terá beneficiado do facto de ter estado muito por dentro da proposta rival...
O willys Jeep podia ir a qualquer lado. Pacífico Sul, Japão, Norte de Africa, Itália, França, Alemanha e Rússia foram alguns dos seus destinos. Fez serviço como transportador de armas, ambulância, limpa-neve, tractor e veículo patrulha. Circulavam em todo o tipo de clima, em todo o género de terreno, e necessitavam de uma manutenção mínima. Contribuíram, grandemente, para a vitória aliada e provaram o valor de um veículo de tracção às quatro rodas.
Após a segunda guerra, os willys Jeep ajudaram ainda a marca a sobreviver, graças Á inteligência do presidente da Willys, Joseph W. Frazer, que reservou direitos de autor sobre o nome Jeep. No Verão de 1945, a Willys introduziu o CJ-2ª. Muito semelhante ao seu “primo” militar, o novo modelo podia ter cores “normais”, possuía uma suspensão mais macia, bancos mais confortáveis, uma porta traseira e um pneu sobressalente montado lateralmente. Passava, assim, a “vestir à civil”, conquistando, de imediato, uma clientela, rendida Á sua eficácia e ao seu espírito despreocupado e, em certa medida irreverente.
Entretanto, com o envolvimento dos americanos na guerra da Coreia, a procura de um jipe militar voltou a aumentar, surgindo assim, o M-38. Em 1951, o M-38 foi profundamente alterado, ganhando um motor mais potente e uma carroçaria mais larga. Baptizado M38AI, manter-se-ia em produção em versão militar ou civil mais de 30 anos.
A versão civil foi rebaptizada de CJ-3B, em 1953, no mesmo ano em que a empresa foi comprada por Kaiser-Fraser. No entanto, o ano de 1954 foi ainda mais importante. Graças à introdução de mais uma geração do Jeep. O maior e mais confortável CJ-5 tornou-se uma referência e sobreviveu até aos anos 80. De facto, o CJ-5 manteve-se mais tempo que todos os outros modelos e até que a própria Willys, que passou a designar-se Kaiser Jeep, em 1963, tendo sido adquirida pela American Motors, em 1970.
O jeep ganhou guerras, sobreviveu a três grandes empresas e está, claramente, implantado para continuar no próximo século. Hoje, umas das grandes modas da indústria automóvel são os denominadores SUV (Sports Utility Vehicle).
Uma moda que dificilmente existiria sem o Geneal Purpose Vehicle, do exercito americano…
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