Toyota Corolla(1966-1975)



O primeiro Toyota Corolla foi lançado em 1966, e marcou o início de uma nova era para o maior fabricante japonês. Em 1964, Shotaro Kamiya, que mais tarde foi nomeado presidente da administração da Toyota, afirmou que a empresa acreditava que o carro popular do futuro pertencia a categoria dos 1000c.c.. Na altura a Toyota concentrava-se nos pequenos carros, como o publica 700c.c., e em modelos maiores como os corona de 1.5 litros e 1.9 litros.
É obvio que o Japão estava preparado para o Corolla. As pesquisas provavam que os japoneses desfrutavam de uma vida confortável, mais orientada para a cultura e precisavam, por isso, de um carro maior do que o pequeno citadino Publica. Mas a Toyota não se satisfazia em vender, apenas, no mercado interno. A empresa apercebeu-se dos benefícios da exportação e queria um carro que atraísse os condutores em todo o mundo.

O novo carro destinava-se a competir contra modelos como os Austin 1100, Opel Viva, Opel Kadett, Renault 10 ou Fiat 1100. E o Corolla 1100 c.c. queria, mesmo, vencer essa batalha.
Foi este o desafio colocado aos engenheiros da Toyota. O primeiro Corolla 1100c.c era uma berlina de duas portas, com um motor totalmente novo, de 1077c.c. e 60 CV de potência.
Medindo um pouco mais de 3,84 metros de comprimento, o Corolla destaca-se, também, pelo reduzido peso: apenas 700 quilos, o que lhe possibilitava um desempenho excelente, com destaque para a aceleração. O comportamento também era muito bom, graças a uma suspensão MacPherson á frente e um eixo rígido, com molas semi-elípticas, atrás. Era comparável a muitos dos seus rivais europeus, e quando o Corolla começou a ser vendido nos mercados estrangeiros, o publico reparou que a sua “performance” nada tinha a ver com a dos carros a que estavam habituados.
Dois meses depois de ser lançado no Japão, o Corolla viria a ser exportado para a Austrália, a que se seguiram outros países. Em 1968, menos de meio ano após o seu lançamento, 3000 Corollas eram exportados mensalmente para todo o mundo. Entretanto, a gama era enriquecida com uma versão de quatro portas e uma carrinha. Em Setembro de 1969, surgiu um motor de 1166c.c., e mais potente.

O Corolla da primeira geração foi substituído por um novo modelo, com o mesmo nome, em Maio de 1970, mas o conceito original tinha já assegurado o seu lugar no livro de recordes. Nos três anos de produção, “o carro de um litro” teve um sucesso incrível: em 1967, totalizou uma produção de 162 555 exemplares, em 1968, um total de 242 749 e em 1969, 354 518 unidades.
Mais do que grande responsável pelo crescimento da Toyota em todo o mundo, o Corolla veio colocar um ponto final na polémica existente à data do seu lançamento: um carro de pequenas dimensões jamais poderia alcançar a notoriedade das berlinas de prestígio. O Corolla alcançou essa notoriedade e conseguiu, durante largos nos, afirmar-se como o carro mais vendido no mundo.

Na competição os Corolla foram bastante usados em Portugal no principio dos anos 70, eis alguns dos intervenientes.
Antonio Teixeira, Rallye da Rainha Santa 1973
Antonio Teixeira, Rallye da Rainha Santa 1973
José de Vasconcelos, Rallye de Matosinhos 1973 regional de promoção
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António Lopes no Rali Museu Vinho da Bairrada
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Antonio Lopes no seu KE 20
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